A região conhecida como Faixa de Gaza corresponde a um fragmento do território destinado à população árabe residente na Palestina, de acordo com a divisão proposta pela ONU na intitulada Partilha da Palestina no ano de 1947. Localizada próximo ao Mar Mediterrâneo e situada entre Egito e Israel, possui um área de apenas 360 km² (pouco maior que a cidade brasileira de Fortaleza) e uma população de 1 milhão e 657 mil habitantes. Por apresentar uma grande população e se tratando de um território tão reduzido, a densidade demográfica de Gaza é a 5ª maior do planeta, com 4.750.71 hab./ km².
A Faixa de Gaza acabou sendo um palco para
a demonstração de força do Estado de Israel frente às forças palestinas que
buscavam a independência, o que também levou à formação de grupos extremistas
que utilizaram o fundamentalismo religioso como forma de obter apoio das massas
para a realização de atos terroristas, como por exemplo, o Hamas, que desde a
sua fundação em 1987 tem utilizado Gaza como um de seus principais centros de
organização, aproveitando também a situação de miséria social para perpetuar
seus ideais e recrutar a população jovem e desprovida de perspectivas.
A inconsistência sobre quem é o verdadeiro dono do território da Faixa de Gaza gerou vários conflitos no local. Além disso, fazem parte do conflito as características religiosas dos habitantes do local, os quais se chocam principalmente com os israelenses. Israel, por sinal, ocupou militarmente a região entre junho de 1967 e agosto de 2005. Hoje ainda, Israel é o responsável pelo controle do espaço aéreo e do acesso marítimo à Faixa de Gaza.
Em junho de 2006, as Forças de Defesa de Israel lançaram sua primeira grande operação militar contra a Faixa de Gaza, desde a retirada dos colonos judeus do território palestino. Chamada de Operação Chuvas de Verão, a ação de Israel visava a resgatar o soldado Gilad Shalit - capturado no dia 25 de junho daquele ano em uma operação conjunta do Hamas e dois outros grupos militantes, que entraram em Israel a partir da Faixa de Gaza. A captura detonaria uma grande ação militar israelense na Faixa de Gaza, que resultou nas mortes de mais de cem palestinos em quatro semanas,7 além da detenção de 60 dirigentes do Hamas, entre eles vários ministros e dezenas de deputados.8
Em novembro, as forças israelenses lançaram uma nova e ampla ação militar, batizada como Operação Nuvens de Outono, desta vez atacando Beit Hanoun, ao norte da Faixa de Gaza. Os ataques deixaram 56 palestinos mortos, a metade deles civis, e mais 200 feridos.8 9 Ainda naquele mês, após cinco meses de operações militares na Faixa de Gaza (com mais de 400 palestinos mortos), Israel concordou em realizar um cessar-fogo com o grupo Hamas, desde que este se compromete a não retornar a lançar foguetes contra o território israelense.8
Em abril de 2007, o exército israelense retomou os ataques à Faixa de Gaza, depois de centenas de foguetes palestinos disparados desde novembro do ano anterior. No dia 24 daquele mês, o braço armado do Hamas proclamou o fim da trégua com Israel.8 Um mês antes, Abbas e Haniyeh concordaram em formar um governo de união nacional.
Em junho de 2008, representantes do Hamas e do governo israelense chegaram a um acordo de cessar-fogo na região, mediado pelo Egito,17 com duração de seis meses, e que expirou no dia 19 de dezembro. O grupo palestino decidiu não renová-lo, por entender que Israel não havia cumprido o compromisso de suspender o bloqueio imposto à Faixa de Gaza.
A partir do dia 27 de dezembro de 2008, as Forças de Defesa de Israel lançaram uma ofensiva militar no território palestino contra o Hamas. Inicialmente, a operação consistiu em ataques aéreos contra alvos palestinos na Faixa de Gaza.20 21 22 23 24 Na noite do dia 3 de janeiro de 2009, teve início a ofensiva por terra, com tropas e tanques israelenses entrando no território palestino..25 Em meados de Janeiro de 2009, a ONU, pela voz de John Holmes estimava que os 22 dias decorridos desde o início do conflito já tinham feito 1314 mortos e cerca de 5320 feridos do lado palestino; os números de Israel saldavam-se com 4 mortos - 13 segundo o governo israelita - e 55 feridos.
Dessa vez, a violência aumentou em 10 de junho, por causa do sequestro e assassinato de três estudantes que moravam em um assentamento israelense na Cisjordânia.
Em retaliação a esse sequestro e assassinato, Israel tem lançado foguetes na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alega que está atacando bases de treinamento e alvos do Hamas. Mas o fato é que pessoas comuns, os chamados “civis” também estão sendo atingidos e morrendo. Em retaliação, o Hamas também tem lançado foguetes para atingir Israel.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse na quarta-feira que a operação cresceria e continuaria até que o lançamento de foguetes cesasse e a calma retornasse às cidades israelenses. "O Hamas não deve mais ter meios de produzir foguetes", disse o ministro da Defesa Civil israelense, Gilad Erdan.
O líder político do Hamas, Khaled Meshaal, afirmou que não queria que a situação se deteriorasse. "Nós não pedimos por essa guerra", disse. "Nós faremos o que for necessário para nos defender e defender o nosso povo."
Alguns analistas dizem que o Hamas acredita que pode ter ganhos com um conflito prolongado. Eles dizem que o Hamas estaria atacando Israel num esforço para se reafirmar como um movimento de resistência num momento em que foi afetado pela destruição de túneis usados para contrabando.
Autoridades palestinas dizem que os ataques aéreos causaram muitas mortes em áreas residenciais. O presidente Mahmoud Abbas acusou Israel de cometer "genocídio", enquanto grupos de direitos humanos alertaram que os ataques de Israel a áreas densamente povoadas e ataques diretos a casas de civis palestinos podem violar a lei internacional.
Israel disse que as casas que bombardeou eram de militantes e serviam como centros de comando, de onde ataques de foguetes eram coordenados. Segundo Israel, os militantes lançavam foguetes deliberadamente de áreas civis e guardavam foguetes em casas, escolas e hospitais.
Israel também aponta que as centenas de foguetes lançados em direção a seu território ameaça civis israelenses.
Foguetes de longo alcance foram lançados na direção de Tel Aviv e Jerusalém, assim como mais ao norte de Israel. Grupos de direitos humanos disseram que disparar foguetes de forma indiscriminada que ameaçam civis constitui um crime de guerra.
Assista ao nosso vídeo sobre o assunto:
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