segunda-feira, 28 de julho de 2014

Redescobrindo a História: Cavaleiros Templários

A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão ou simplesmente Templários, foi uma das ordens militares de Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.
Templários
Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se tornarem monges, usavam mantos brancos com a característica cruz vermelha, e o seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. Em decorrência do local onde originalmente se estabeleceram (o Monte do Templo em Jerusalém, onde existira o Templo de Salomão, e onde se ergue a atual Mesquita de Al-Aqsa) e do voto de pobreza e da fé em Cristo denominaram-se "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".

Al-Aqsa

Um cavaleiro francês chamado Hugues de Payens e oito dos seus companheiros ofereceram os seus serviços ao Rei cristão Balduíno II e juraram defender a cidade contra todo e qualquer inimigo. Como quartel-general da ordem, Balduíno ofereceu-lhes a Mesquita Al Aqsa, onde o Rei Salomão tinha construído o original Templo de Jerusalém.

Nos dois séculos que se seguiram, os Templários tornaram-se numa das organizações mais poderosas do mundo medieval. Os seus guerreiros, que usavam sobre as suas armaduras mantos brancos embelezados com uma cruz vermelha, ganharam reputação pela sua destreza na luta, disciplina e tenacidade. Os cavaleiros da ordem juravam obediência total e inquestionável aos seus líderes. De forma geral, lutavam com afinco, tendo em mente que um soldado que fosse considerado cobarde teria que despir o seu manto e toinha que comer no chão, como os cães, durante um ano (a ordem também tinha a política de não pagar resgate por soldados capturados em batalha). Segundo a edição de 1911 da Enciclopédia Católica, cerca de 20 mil soldados Templários deram a vida em batalhas contras as forças muçulmanas ao longo dos anos em que a ordem existiu.[

Cavaleiros Templários

Oficialmente aprovada pelo Papa Honório II em torno de 1128 , a ordem ganhou isenções e privilégios, dentre os quais o de que seu líder teria o direito de se comunicar diretamente com o papa. A Ordem tornou-se uma das favoritas da caridade em toda a cristandade, e cresceu rapidamente tanto em membros quanto em poder; seus membros estavam entre as mais qualificadas unidades de combate nas Cruzadas e os membros não-combatentes da Ordem geriam uma vasta infra-estrutura econômica, inovando em técnicas financeiras que constituíam o embrião de um sistema bancário, e erguendo muitas fortificações por toda a Europa e a Terra Santa.

Templário



A regra dessa ordem religiosa de monges guerreiros (militar) foi escrita por São Bernardo. A sua divisa foi extraída do livro dos Salmos: "Não a nós, Senhor, não a nós, mas pela Glória de teu nome.” 
As Cruzadas foram guerras proclamadas pelo papa, em nome de Deus, e travadas como se fossem uma iniciativa do próprio Cristo para a recuperação da propriedade cristã ou em defesa da Cristandade. A Primeira Cruzada foi pregada pelo papa Urbano II, no Concílio de Clermont, em 1095.

Juramento



A sua justificativa tinha como fundamento a recuperação da herança de Cristo, restabelecer o domínio da Terra Santa e a proteção dos cristãos contra o avanço dos veneradores do Islã. 

Dizem as lendas que, na primeira década de vida, os cavaleiros da Ordem teriam achado sob as bases da sede um grande tesouro, documentos e outros objetos preciosos que teriam lhes concedido um intenso poder. Outras histórias narram o suposto encontro do Santo Graal, o cálice sagrado dos cristãos. As duas versões acreditam que os guerreiros teriam transportado para a Europa seus achados, e obtido do Papa Inocêncio II poderes sem limites, em troca do tesouro conquistado.


Depois de os muçulmanos terem recuperado o controlo de Jerusalém em meados do século XIII, o império dos Templários começou a enfraquecer. O fracasso em manter o poder na Terra Santa e os rumores sobre os seus rituais secretos mancharam a reputação da ordem, anteriormente inabalável. No início do século XIV, o rei francês Filipe IV, que tinha feito um grande empréstimo aos Templários, decidiu destruir a ordem para não ter que pagar o que tinha pedido. Filipe conseguiu persuadir o Papa Clemente V, um homem francês que a Enciclopédia Católica descreve como sendo uma pessoa de "personalidade fraca e facilmente influenciável", a perseguir os templários, acusando-os de heresia e sacrilégio, como por exemplo, dizendo que cuspiam para o crucifixo. Em 1307, o rei francês deu ordens secretas para que todos os elementos da ordem do seu país fossem presos no mesmo dia, e muitos deles foram torturados e mortos.


Tudo corre como esperado. Do dia 12 para 13 de outubro de 1307, edifícios e todas as sedes dos templários são invadidos, os soldados são presos, torturados e consumidos nas fogueiras, como se fossem realmente hereges. O último grão-mestre desta ordem, Jacques de Molay, ao ser executado em meio às chamas, teria lançado maldições a todos os seus perseguidores, principalmente ao Rei, ao Papa e a um cavaleiro, Guilherme de Nogaret, executor das ordens reais. Dentro de um ano, prazo estabelecido por Jacques para o encontro de seus adversários com Deus, os três amaldiçoados morrem. Filipe IV não consegue dar prosseguimento à sua descendência no trono, o que acarreta uma grave crise, a qual culmina na Guerra dos Cem Anos.


O Rei tenta se apoderar dos tesouros da Ordem, mas estes desaparecem sem nenhuma explicação. A esquadra dos templários, com a suposta riqueza, nunca mais é vista. Alguns dizem que os tesouros foram parar em território português, outros acreditam que eles estão ocultos na Inglaterra, outros ainda crêem na Escócia como o melhor destino. Muitos pesquisadores estabelecem até mesmo uma possível relação entre a maçonaria e os templários.




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